6 de outubro de 2024

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Defasagem do frete

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Está chegando a 13,8% e faz parte dos desafios do setor. Evento sediado pelo Setcesp exibe pesquisa de mercado referente ao primeiro semestre de 2022

Os três principais insumos do setor de transporte de cargas, que, juntos, representam cerca de 90% do custo final de uma operação do setor, são: veículo, mão de obra e combustível. De acordo com um levantamento realizado pela Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística (NTC&Logística), em 18 meses, os valores desses fatores aumentaram em 42%, 12,5% e 104%, respectivamente.

Em evento promovido pelo Sindicato das Empresas de Transportes de Carga de São Paulo e Região (Setcesp), foi apresentada a pesquisa de mercado referente ao primeiro semestre do ano. Diante desses aumentos, 73% dos transportadores reajustaram o frete, 7% mantiveram e 20% ofereceram descontos.

Além disso, 45% das empresas de transporte de médio porte que responderam o estudo disseram que o cenário foi melhor que em 2021; para 18% o cenário foi igual; e para 37% foi pior que o ano passado.

Outra questão abordada na entidade é a defasagem do frete que está, em média, em 13,8%. Para Adriano Depentor, presidente do conselho superior e de administração do Setcesp, esse é um problema crônico do setor. “Na verdade, isso não deveria acontecer, visto que é uma responsabilidade do empresário que precisa valorizar o seu negócio. Observamos que, quando há um crescimento no custo de qualquer insumo relacionado ao transporte, a indústria e o comércio aumentam o seu preço, porém o transportador não consegue realizar este repasse efetivamente. É uma inabilidade do empresário em repor essas tarifas”.

 Em relação ao futuro, 27% dos pesquisados acreditam que o frete vai melhorar e 41% acham que pode piorar. Segundo Lauro Valdivia, assessor técnico da NTC&Logística, “o que devemos fazer é calcular os custos de modo correto e cobrar o que precisa ser cobrado”.

Uma alternativa para as empresas de transporte é o Painel do Diesel, criado pelo Instituto Paulista do Transporte de Cargas (IPTC), órgão parceiro do Setcesp, que auxilia o transportador a mensurar o preço do diesel nos municípios do estado de São Paulo e nas capitais de todo o país.

“Somente no primeiro semestre de 2022, já realizamos mais de dois mil atendimentos para empresas que vêm até o Setcesp buscar esses números. Ajudamos com todas as informações necessárias para que o transportador possa buscar alternativas frente ao mercado e equilibrar as operações”, afirma Raquel Serini, economista do IPTC.

Bruno Castilho

bruno@cargasetransportes.com.br

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