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Transporte incorreto da soja

Ocorrência causa prejuízo de milhões de reais anualmente. Especialista dá dicas de como não amargar perdas tomando alguns cuidados que são fundamentais na hora de transportar os grãos

Uma cena muito comum ainda quando estamos de passagem pelas rodovias do Brasil é vermos milhares de grãos amarelos esparramados pelas margens e acostamentos. Esse é um dos vilões do lucro do sojicultor brasileiro, a hora de transportar. Quando incorreto ou mal feito, pode causar grandes prejuízos ao bolso do produtor.

É importante saber que não basta apenas carregar o caminhão e realizar a entrega. Antes de tudo é preciso planejamento, tanto de quem produz, quanto de quem embarca, prevendo e evitando contratempos e acidentes. Afinal de contas, a oleaginosa requer condições específicas para chegar intacta ao seu destino.

O especialista da goFlux Alexandre Simamura, que é gerente de operações e customer, conta que o transporte de soja é um processo complexo e que envolve qualificação dos grãos quanto à umidade, porcentagem de grãos avariados e de impureza na carga.

Além disso, a qualificação do transportador, garantindo condições aceitáveis do caminhão e o correto acondicionamento da carga para que perdas no transporte sejam minimizadas, são parte fundamental do planejamento de operações de transporte de granéis, alerta Simamura.

“É importante seguir algumas etapas para que o transporte seja realizado de maneira certa e sem dor de cabeça. O primeiro passo é ter um caminhão adequado para o transporte. Essa medida reduz o risco de perdas e desperdícios provocados pela acomodação errada da carga e a utilização de forma errônea da lona e de outros acessórios por falta de conhecimento”, relata o especialista. Além disso, ao contar com uma transportadora experiente também será possível enfrentar melhor as condições ruins das rodovias brasileiras.

Outro ponto é a armazenagem correta. Segundo Alexandre, para que o grão chegue ao destino final em bom estado, o veículo deve estar devidamente vedado para evitar o contato com o claro e a umidade no decorrer da viagem. A carroceria deve ser verificada antes da operação.

“Isso diminui o risco da proliferação de microorganismos, que encurta a vida útil e reduz a qualidade do produto. Assim, é possível conferir se existem vestígios de outras cargas e se o veículo está em condições para transportar o produto sem o contaminar”, destaca.

A terceira medida a ser adotada é em relação à preparação e capacitação dos motoristas. “Antes de contratar uma transportadora ou motorista autônomo é fundamental encontrar profissionais que sejam capazes de realizar o serviço. Por isso, contar com uma plataforma de fretes é importante e também é a melhor forma de encontrar um condutor de caminhão sem histórico de consumo de bebidas ou estresse, entre outros. Isso faz toda a diferença para evitar acidentes que possam colocar o motorista e a carga em risco”, diz o gerente.

Outra medida muito importante é a realização do transporte com segurança. “As estradas brasileiras, além de terem uma péssima infraestrutura, proporcionam riscos de roubos e furtos. Por isso, é necessário determinar roteiros que evitem caminhos perigosos para os veículos. Dessa forma, ao encontrar a transportadora ideal em uma plataforma de fretes, sua embarcadora contará com caminhões com as verificações em dia, o que evitará falhas mecânicas no decorrer do transporte da oleaginosa”, completa.

Bruno Castilho

bruno@cargasetransportes.com.br

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