11 de maio de 2024

CARGAS

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Marcos Pordeus de Paula, diretor da Frigo King

Crescendo na Ásia

Frigo King expande operação no continente. Empresa vai selecionar novos produtores locais para receber sua tecnologia. Inicialmente linha Flex é a escolhida para ser fabricada em outros países

A Frigo King, fabricante equipamentos de alta tecnologia em refrigeração para baú, vai ampliar sua presença na Ásia buscando mais empresas para produzir seus produtos localmente. “Nossa parceria na Índia mostrou que o caminho para disputar mercado no continente asiático é fabricar na região com empresas de confiança“, afirma Marcos Pordeus de Paula, diretor da Frigo King.

A Frigo King tem acordo de produção com a AGS, que adotou o nome comercial de AGS Frigo King. A fábrica fica em Noida, próximo a Nova Déhli, Índia, e iniciou sua operação em 2021.

“Por conta da pandemia as vendas foram prejudicadas“, revela Marcos que completa: “acreditamos no modelo de negócios de produzir no exterior e devemos fabricar por ano na Índia para o mercado indiano mil unidades totalizando cinco mil produtos até 2027“.

O passo agora é replicar o modelo de joint-venture em outros países da Ásia. A estratégia de produzir localmente foi tomada para melhorar a capacidade de competir no mercado asiático. “Leva 45 dias para entregar na Ásia. Estabelecer mais bases de produção na região vai eliminar o gargalo de distribuição internacional“, explica Marcos.

A Ásia concentra a maior população do planeta e alguns desses países, como Bangladesh, Indonésia e a própria Índia, tem área menor que o Brasil. “Isso significa que eles possuem cidades com elevada densidade populacional onde aumenta a necessidade de entregas urbanas de produtos refrigerados e congelados – alimentos e remédios, por exemplo – de forma confiável“, diz o diretor da Frigo King.

“Existe o mito que não se pode competir com os chineses. Confiamos na qualidade brasileira como diferencial”, explica Marcos. O produto brasileiro é desenvolvido para realidade climática semelhante a encontrada no sul da Ásia onde há muito calor e umidade. 

O executivo lembra que para o operador logístico, não importando seu país de atuação, é fundamental transportar constantemente. “Operar com equipamentos de confiança é garantia de bons negócios porque seja no Brasil ou na Ásia a verdade é a mesma: caminhão parado não fatura“, conclui.

Bruno Castilho

bruno@cargasetransportes.com.br