O transporte em 2024
O novo ano e as tendências para o setor. Articulista aponta que empresas que não se adiantem às tendências, ignorando detalhes que fazem toda a diferença, de certo ficarão para trás no mercado
A partir do avanço tecnológico que temos visualizado nos últimos tempos, o setor de transportes seguiu evoluindo constantemente. Neste sentido, com o surgimento de tecnologias emergentes, transportadores e líderes logísticos precisam estar atentos para as mudanças constantes que vivenciamos.
Li recentemente, em um relatório da Transparency Market, que o mercado de logística mundial deve atingir US$ 15.273 bilhões até 2027. Diante destes indicadores e após quase uma década acompanhando de perto o crescimento do segmento de transportes, tenho a convicção de que as empresas que não se adiantam às tendências, ignorando detalhes que fazem toda a diferença, de certo ficarão para trás em um mercado tão competitivo quanto o nosso.
A Inteligência Artificial chegou para ficar
Outro estudo recente, elaborado pela Statista, aponta que, em nível global, as ferramentas de I.A devem movimentar mais de US$ 733 bilhões até 2027. E quando pensamos no contexto em que o segmento de transporte está incluído, o uso de inteligência artificial permite explorar soluções para problemas logísticos, em aspectos relacionados a otimização de processos, redução de custos, gestão de frotas e monitoramento de condutores. Portanto, considerar essa ferramenta é fundamental em 2024.
Na Maxtrack temos trabalhado para seguirmos como uma referência mundial neste tema para transportadores, tanto no uso de I.A para análise de imagens, quanto em condução semi autônoma, bem como na comunicação entre homem e máquina em veículos comerciais, com uma arquitetura a bordo inovadora, que permite explorar os benefícios desta ferramenta.
5G e automação
A adesão do 5G, especialmente nas grandes capitais, tem promovido novas possibilidades para as empresas de transportes. Pensando em monitoramento de frotas, essa conectividade pode ampliar horizontes, especialmente quando pensamos em processamento de imagens, acessórios sem fio em carretas, câmeras que avaliam comportamento físico de motoristas embarcados, além do despacho logístico. Neste contexto, a Maxtrack preparou seus hardwares com antecedência, produzindo equipamentos 4G preparados para 5G, antecipando essa tendência.
Consequentemente, a automação pode ser aprimorada, especialmente em veículos de grande porte. Temos trabalhado em uma nova tecnologia, capaz de proporcionar automação em nível 2 (direção parcial), que permite controle de velocidade adaptativo e assistente de centralização da pista ao mesmo tempo. Para o próximo ano, a tendência é que este tipo de ferramenta esteja ainda mais disseminada entre as empresas do setor.
Sustentabilidade
Mais do que uma demanda do ESG, a promoção da sustentabilidade tem se tornado ainda mais importante, especialmente com as mudanças climáticas que temos vivenciado. Como um dos principais emissores de carbono, é importante que nosso setor siga se aprimorando para compensar e reduzir as emissões. A boa notícia é que, atualmente, existem diversas formas de tornar esse desejo em ações factíveis.
Na Maxtrack, seguimos com o projeto Carbono Zero, para neutralização das emissões de carbono do transporte rodoviário em nossas frotas monitoradas. Criamos este projeto em parceria com o Instituto Uaimií, laboratório de experiências para recuperação de áreas degradadas e preservação ambiental, justamente para trabalhar na criação de um fluxo de compensação de carbono, por meio do plantio de árvores nativas. O projeto é desenvolvido a partir de um cronograma, considerando a implementação e operação de transporte, monitoramento e inteligência, plantio e acompanhamento das áreas, garantindo as metas de redução ou compensação de carbono junto às frotas.
Mais do que temas para monitorar, é importante que as companhias estejam preparadas para evoluir nestes aspectos. 2024 promete boas perspectivas para o setor logístico, mas é fundamental seguir atento às oportunidades que surgirão.
Artigo de Bráulio Carvalho, CEO da Maxtrack