27 de julho de 2024

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Logística no varejo

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A importância da logística para sobrevivência do varejo. Até 2025, espera-se que o e-commerce brasileiro cresça 20% anualmente, segundo o Statista, líder de mercado no fornecimento de dados comerciais

Até 2025, espera-se que o e-commerce brasileiro cresça 20% anualmente, segundo o Statista, líder de mercado no fornecimento de dados comerciais. Esta média é maior do que a expectativa de crescimento de países como Índia, México e Estados Unidos — e também acima da média global de crescimento, de 11%.

Nesse contexto, o varejo brasileiro, que vem tornando-se cada vez mais digital. As vendas nessa modalidade cresceram 20,1% no primeiro semestre de 2023, quando comparadas com o mesmo período do ano passado. Os dados são da Linx, empresa do grupo StoneCo. e especialista em tecnologia para o varejo. Um dos destaques foi a busca por retirada em lojas, com aumento de 37% em média no período, chegando a 32% de representatividade.

Para seguir esse caminho com sucesso, as empresas têm que superar um problema grave no Brasil: o tempo de entrega. O desafio imposto ao varejista que quer se manter no negócio é grande e requer investimentos pesados na operação de logística e remodelagem do backoffice.

Para encurtar os tempos de entrega em um país de extensão continental, está ocorrendo uma migração de modais onde muitas cargas costumeiramente transportadas pelo modal rodoviário, estão sendo embarcadas em aeronaves, ampliando, assim, o modal aéreo em nosso país.

Também existem oportunidades de reduções de custos ampliando as cabotagens (transporte marítimo na costa do Brasil), porém, neste caso, os tempos de transporte podem aumentar consideravelmente.

Tais mudanças não são simples de serem implementadas e apresentam uma certa complexidade operacional e estrutural para serem bem-sucedidas. Um exemplo é a troca de fornecedores na cadeia de suprimentos. Toda mudança requer transição de sistemas, processos e pessoas (conhecimento), sendo que uma mudança mal planejada pode incorrer em grandes prejuízos aos envolvidos.

A primarização da logística e transporte aéreo para sobrevivência do varejo

Outro desafio encontrado pelo varejista é a atual dependência que eles têm sobre os seus prestadores de serviços de transporte. Hoje em dia, o tempo de entrega pode ser tão ou mais importante que o preço do produto, portanto, o transporte da mercadoria com qualidade, eficiência e rapidez, passa a ter um valor inestimável para o varejo.

Essa relação entre varejista e fornecedor é vital para o sucesso das empresas. Portanto, apesar de haver uma grande oportunidade de estreitar a relação entre estes, existe também o risco de uma eventual ruptura ou não atendimento da programação, o que pode levar essa relação e, portanto, o negócio, ao fracasso.

Para reduzir estes riscos, alguns dos principais varejistas estão optando por primarizar parte de suas operações logísticas, assim, acabam dependendo menos de prestadores de serviços (terceirização).

Esta mudança de modelo é vista como muito estratégico para alguns varejistas e isso só reforça a tese de que a cadeia de suprimentos, puxada pelas operações logísticas, também passa a ser core-business e vital para estas empresas.

Artigo de Eric Derbyshire, consultor especializado em logística da RGF

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