Inclinômetro ganha mercado
América do Sul adota equipamento para ampliar segurança em operações de carga. Vendas estão aumentando e ComLink registra 81% de crescimento. Países da região não dispõem de regulamento a respeito do produto
Os países da América do Sul estão adotando o inclinômetro feito no Brasil. “Os mercados vizinhos estão seguindo o exemplo brasileiro de aumentar a segurança nas operações de carga”, explica Tales Bolson, gerente comercial da ComLink Equipamentos Eletrônicos, que completa: “no continente somente o Brasil tem regulamento sobre o tema”.
O inclinômetro monitora o processo de basculamento, bloqueando a operação caso a inclinação ultrapasse o valor ajustado. O equipamento foi desenvolvido inicialmente para atender o setor de mineração que buscava mais segurança operacional em seus canteiros de exploração.
O produto possui um alerta de tomada de força e caixa alta integrados que atende a Resolução 859/21 do CONTRAN. O inclinômetro também registra todo o processo de basculamento com data e hora sendo possível visualizar um relatório através de aplicativo próprio.
“O interesse sul-americano é natural porque os demais mercados costumam se espelhar no Brasil para adotarem normas de segurança”, diz Bolson. No primeiro semestre de 2023 a ComLink exportou 411 unidades, sendo 90% delas para países da América do Sul, como Argentina, Chile, Colômbia e Uruguai.
No mesmo período do ano passado as vendas foram de 227 unidades. Isso representa crescimento de 81%. “Temos exposto mais nosso produto porque participamos desde o ano passado do programa Move Brazil, de incentivo as exportações”, explica o executivo. O Move Brazil é o programa desenvolvido pela ANFIR junto com a Apex Brasil para incentivar as vendas ao mercado exterior. A ComLink vendeu algumas unidades para América do Norte, Europa e África e tem planos de expansão nesses mercados. “A aceitação do inclinômetro é muito boa por ser um produto considerado mundialmente inovador”, conclui o executivo.
Bruno Castilho
bruno@cargasetransportes.com.br