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Como “dar partida” em uma logística eficiente para os marketplaces. Grandes players do varejo devem focar em adotar bons parceiros de negócios, contar com tecnologias disponíveis e ficar atentos ao mercado

Os marketplaces vêm se consolidando como o modelo de compras preferido dos brasileiros nos últimos anos. Cerca de 90% dos consumidores têm o hábito de realizar suas compras online por meio de marketplaces, de acordo com a pesquisa “Tendências do Varejo 2023”, realizada pela Dito CRM e o Opinion Box; enquanto isso, o sistema representa quase 80% da participação do comércio eletrônico B2C, segundo o estudo Ebit|Nielsen.

Os dados confirmam a grande influência dos marketplaces no e-commerce nacional. No entanto, mesmo com os bons resultados, as grandes empresas varejistas ainda enfrentam alguns desafios no seu sistema logístico de distribuição e entregas.

Um dos desafios das grandes empresas do varejo é estar presente nos principais centros urbanos, no interior e nas regiões rurais. Este fator afeta diretamente no tempo de entrega dos produtos: 54% dos consumidores relatam que abandonam suas compras em decorrência do longo prazo de entregas.

Para corrigir esse problema, as empresas podem contratar hubs, centros de armazenagem e distribuição, localizados nos principais municípios do país. “Muitas empresas desejam realizar entregas same day ou dia seguinte, mas não conseguem realizar esse tipo de entrega em todas as cidades. Para reverter essa situação e agilizar o processo de entregas, as grandes varejistas têm alugado hubs”, explica Fernando Sartori, CEO da Uello, empresa especializada em logística.

A alta demanda por esses espaços em 2022 resultou na construção de 2,5 milhões de metros quadrados em condomínios logísticos de alto padrão no país, de acordo com o levantamento da consultoria Binswanger Brazil.

Além disso, encontrar o parceiro correto para gerenciar o processo de entregas também exige muito do varejista. A parceria tem como objetivo suprir todas as necessidades e demandas dos grandes players por meio da execução de rotas eficientes, da equipe de suporte, da alta tecnologia de mercado e de inovações logísticas. Apesar de ser um fator chave para as empresas, muitos têm encontrado dificuldades neste quesito.

“Esses fatores geram impacto direto na eficiência logística dos players. Escolher o parceiro certo irá definir o sucesso das operações no marketplace, desde a armazenagem dos produtos até a entrega final para o consumidor”, explica Sartori.

Outro fator que tem muita força na logística é o Last Mile. Neste caso o maior desafio dos players é consolidar a eficiência no trecho final das rotas, porque será determinante na experiência dos consumidores. Para esse público, o processo de compra é único, desde a pesquisa e escolha de um produto até a entrega final.

“Pesquisas ligadas ao e-commerce mostram que o consumidor não dissocia de forma completa a experiência de compra no site e da entrega dos produtos. Para ele é como se tudo fosse uma única coisa. Essa experiência influenciará na decisão final do consumidor, se irá realizar ou não compras naquele e-commerce”, ressalta Sartori.

Fernando explica que esse processo é alinhado diretamente com a equipe de roteirização, que será responsável pelo sucesso desse setor. “A realização eficiente de entregas é a que exige menos carros nas ruas, mas ao mesmo tempo tem total eficiência nos envios dos produtos. Uma rota bem definida poderá fazer com que um motorista percorra menos quilômetros para abranger uma região; É uma rota única, rápida e precisa de entregas”.

Bruno Castilho

bruno@cargasetransportes.com.br

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