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Rali Dakar 2023

Caminhões Iveco que participarão do Dakar 2023

Os competidores percorrerão mais de 8.500 km de terrenos desafiadores. O trajeto será iniciado no Mar Vermelho e terminará em Damman, no lado oposto da Península Arábica

O rali Dakar é a maior competição off road do mundo. Para 2023 a organizadora do evento – chega a sua 45ª edição – levará diversas novidades prometendo ser o rali mais longo e ainda mais desafiador da história.  A competição que já passou por Europa, África e América do Sul, acontece na Arábia Saudita desde 2020 e terá desta vez 365 veículos.

Os competidores percorrerão mais de 8.500 km de terrenos desafiadores. O trajeto será iniciado no Mar Vermelho e terminará em Damman, no lado oposto da Península Arábica. O nível de dificuldade colocará à prova os pilotos. Serão cerca de 5.000 km especiais no prólogo e outras 14 etapas, que incluem uma incursão de quatro dias por dunas e uma etapa de “maratona”, na qual as equipes competem sem assistência.

Antes mesmo da largada oficial do rali que reúne os melhores pilotos e as principais marcas de motos, carros, caminhões, UTVs e quadriciclos do mundo, será realizada uma primeira etapa mais curta e um pouco menos desafiadora. O percurso desse prólogo se concentrará das margens do mar vermelho, até o leste da Arábia Saudita, em Dammam. Já o rali oficial, de 1 de janeiro a 15 de janeiro de 2023, terá três etapas no Bairro Vazio, que é um dos lugares ‘menos habitáveis’ do mundo todo.

O Dakar promete passar por regiões mais inóspitas. Também ocorrerá programa especiais maiores, com médias de 450 km. A corrida toda contará com 14 etapas + 1 prólogo. Então, no total serão 15 dias de competição. Além disso, 70% do percurso será inédito e a prova será pelo território da Arábia Saudita de forma diagonal.

A grande novidade, porém, é que a divisão das especiais será em dois roteiros diferentes, o que tornará o desafio bem maior. Afinal, a divisão das planilhas (A e B) acontecerá de forma totalmente aleatória.

Dessa vez, os competidores utilizarão roadbooks digitais durante toda corrida. Isso para evitar algumas situações que ocorreram anteriormente. Basicamente, os perseguidores tendem a seguir as trilhas do piloto líder, o que atrapalha a competição como um todo. Portanto, isso será amenizado porque os organizadores irão atribuir diferentes waypoints aos pilotos para que não seja utilizada essa estratégia. 

Outra novidade é o Dakar Classic, que terá algumas alterações. Basicamente, as velocidades serão dividas em duas categorias. Isso em razão da diferença de velocidades de ‘máquinas’ mais antigas. Portanto, terá a categoria “Authentic Co Driver Challenge”, para automóveis que entrarem sem instrumentos modernos de regularidade; e “Iconic Classic Club” para automóveis mais originais que participaram do Dakar lá no século XX.

Iveco no Dakar

A Iveco, montadora atuante no Brasil irá participar mais uma vez na categoria caminhões do rali Dakar.  Seus veículos já estão esquentando os motores para a competição mais radical do mundo. Serão quatro veículos e duas novas equipes: a Boss Machinery Team de Rooy e a Eurol Team de Rooy.

As duas equipes da marca disputarão a competição com os brutos Iveco Powerstar equipados com os motores Cursor 13, com até 1.000 cv, projetados especialmente pela FPT Industrial – marca do Iveco Group – com as últimas atualizações em configuração de suspensão e sistemas de inflação de pneus.

“Mal podemos esperar para ver nossos caminhões mostrarem do que são capazes naquele que será o mais difícil dos ralis Dakar da Arábia Saudita. Nossas equipes se destacam por sua poderosa mistura de experiência e talento jovem, com pilotos que compartilham fome de competir e determinação para levar seus veículos e si mesmos ao limite. Juntando-se aos nossos comprovados caminhões Powerstar de alto desempenho, somos uma combinação vencedora e estamos ansiosos para enfrentar o desafio”, diz Fabio Santiago, diretor de marketing e gestão de produto da unidade de negócios de caminhões Iveco.

Iveco Powerstar

Mesmo sendo um modelo “fora de linha” o Powerstar ainda faz história. O modelo bicudo da montadora italiana teve versão preparada para competir mais uma vez no rali Dakar. Desenvolvido nos anos 90, o Powerstar era uma continuidade da linha ANW, modelos esse, bicudos desenvolvidos juntos a Magirus e oferecido para aplicações específicas até o início dos anos 1990.

Curiosamente, apesar do ANW ter ficado mais no mercado europeu, o Powerstar nasceu com um time de engenharia da Austrália com ajuda da Iveco Argentina, essa que até então era responsável pelo mercado latino americano da montadora. Com o desenvolvimento usando como base o EuroTech 450E37, o modelo só foi chegar ao Brasil nos anos 2000, e em poucas unidades, na verdade se acredita que apenas 121 unidades foram destinadas ao mercado nacional.

O Powerstar chegou tarde ao Brasil, já que no início dos anos 2000 o novo século começava com o declínio dos modelos bicudos no país, onde as principais montadoras já estavam focando suas vendas e estratégias em modelos frontais.

Bruno Castilho

bruno@cargasetransportes.com.br

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