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PR: transporte forte

Silvio Kasnodzei, presidente do Setcepar

Economia do Paraná está mais forte e transporte de cargas planeja continuidade em 2024. No período de janeiro a outubro de 2023, o estado apresentou crescimento de 9,1% em comparação ao mesmo período de 2022

A economia do Paraná (PR) passou nos últimos anos por uma diversificação significativa, com várias regiões do estado aumentando sua participação proporcional no Produto Interno Bruto (PIB). Segundo dados referentes a 2021 divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), essa mudança pode ser observada quando em comparação com as estatísticas de 2002.

De acordo com os estudos realizados pelo Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes), e com base nos dados do IBGE, é possível observar que oito municípios do Paraná estão dentre as 100 maiores economias do Brasil.

Silvio Kasnodzei, presidente do Sindicato das Empresas de Transportes de Cargas no Estado do Paraná (Setcepar), comenta os principais pontos de destaque no crescimento da economia paranaense: “Governantes sérios e responsáveis atraem novos investimentos para o estado, mas a indústria automotiva e o agronegócio são os principais responsáveis pelo seu crescimento. Como consequência, o comércio local também se torna importante, pois o estado gera e distribui renda”.

Vale destacar que no período de janeiro a outubro de 2023, o estado do Paraná apresentou expressivo crescimento de 9,1% em comparação ao mesmo período de 2022, o que o coloca em destaque como líder no crescimento da atividade econômica no país. Essa ascensão está bastante acima da média do país, que foi de 2,4%, e também ultrapassa com ampla vantagem o segundo estado com melhor desempenho, Goiás, que registrou 6,2% neste mesmo período.

Silvio explica que o transporte rodoviário de cargas teve uma vasta participação nos números apresentados nos últimos anos. “Possuímos portos, aeroportos e ferrovias que beneficiam muito o nosso estado, mas tudo começa ou termina na carroceria de um caminhão. Desta forma, é seguro afirmar que todas as riquezas geradas no Paraná são muito importantes para o setor de transporte, logicamente que cada um na sua especialidade”.

A Região Metropolitana de Curitiba é formada por 29 cidades e responde por mais de um terço da economia do Paraná. Seu PIB continuou a crescer nas últimas décadas, de 35,2 bilhões para 190 bilhões de reais. Observando os desafios diários do setor, Silvio apontou a situação das estradas no estado.

Uma pesquisa realizada pela Confederação Nacional do Transporte (CNT) constatou que 59% das rodovias paranaenses são consideradas regulares, ruins ou péssimas. “É muito difícil aceitar que com uma economia tão pujante quanto a nossa não tenhamos estradas em condições razoáveis para escoar toda essa produção de forma segura e com menor custo e maior produtividade”, comentou.

Outro fator preocupante para o setor é a Medida Provisória (MP) 1202/23, que caso for confirmada, trará reoneração para as empresas, causando instabilidade para os 17 setores da economia.

O presidente explica que a medida gerou uma insegurança jurídica e que desencoraja novos investimentos, já que afeta estes setores, em especial o de transporte rodoviário de cargas. Caso a MP não seja rejeitada ou derrubada, o impacto nos custos será grande.

Quando questionado sobre o ano de 2024, o presidente comentou que, apesar de otimistas, o Setcepar entende que o setor de transporte tem sérios obstáculos a serem superados em 2024.

“Sabemos que nunca nada foi fácil na vida do empresário de transporte, e por isso acreditamos que superaremos todos estes desafios que se apresentam e, que, sairemos mais fortes e preparados para novas adversidades”.

Bruno Castilho

bruno@cargasetransportes.com.br

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