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Alto desempenho: Kinross Brasil é referência global na gestão de frota do CAT-793. Resultado de um amplo trabalho de planejamento e melhoria, mina em Paracatu alcança a melhor eficiência na utilização de caminhões fora de estrada em todo o grupo

Garantir a efetividade da produção exige muito dos equipamentos e veículos especializados envolvidos em uma área de mineração. Portanto, a eficiência na gestão da frota do CAT-793 – caminhões fora de estrada, que fazem o transporte pesado dentro da mina – é fator de grande relevância para os resultados da operação.

Com isso em mente, a Kinross Brasil, atualmente, colhe os frutos de uma força-tarefa, interdisciplinar e intersetorial, criada para tornar cada vez mais efetiva a utilização e a manutenção de sua frota especializada no Morro do Ouro, em Paracatu (Minas Gerais), a maior mina de ouro a céu aberto do país.

“Hoje, podemos dizer que somos a melhor mina da Kinross em eficiência e disponibilidade de veículos CAT-793, e uma das melhores também entre as demais mineradoras em todo o mundo”, comemora o gerente de mina e equipamentos móveis, Thiago Almeida.

Para ele, esse resultado é fruto de um trabalho muito bem feito entre áreas de operação com o apoio da equipe de melhoria contínua da Kinross, bem como dos parceiros Sotreq e Caterpillar.

“Mesmo durante a pandemia, conseguimos sair de um indicador de eficiência de 74%, em 2019, para um rendimento de 78% registrado nos últimos três meses de 2021.” O gerente lembra que, no início, havia 28 veículos em operação. Agora, são 34, com previsão de uma nova aquisição para o final de 2022.

Ele destaca ainda que, no mês de março deste ano, após o período chuvoso, a frota atingiu novamente uma eficiência próxima a 78%. “Isso comprova que este é não é um resultado pontual, mas sim a consolidação de muito planejamento e dedicação. Nossa meta é alcançar 80% em 2023, nos mantendo neste caminho da excelência operacional, uma vez que a cultura de alto desempenho é um valor para a Kinross”, diz.

Evolução

Há 12 anos na Kinross, o técnico de operações Roni Oliveira, que atua na liderança da equipe que opera a frota, recorda que esse trabalho, preditivo e preventivo, começou em 2019 com a criação do grupo de melhoria contínua, após uma mudança de sequenciamento da mina, em Minas Gerais. “Como havia a necessidade de ampliar a frota, garantir um bom desempenho na utilização dos caminhões na unidade tornou-se cada vez mais importante”.

Roni recorda que o grupo intersetorial, então, deu início a uma série de processos de melhoria, que envolveram desde aprimoramentos na manutenção preventiva nos veículos e verificações quanto ao desgaste e disponibilidade de componentes, até a implementação de instalações e novos equipamentos que ampliaram o conforto e a segurança dos trabalhadores.

“Também ampliamos o número de ônibus e criamos rotas alternativas para o transporte dos operadores, para que chegassem mais rápido, e adequamos o local do estacionamento dos caminhões 793 para mais próximo à frente de lavra”, elenca o técnico.

Ele acrescenta que conseguir aprimorar o revezamento dos operadores foi uma das ações que trouxe o maior impacto. “Cronometramos praticamente todas as atividades, desde o momento que o trabalhador chega na entrada da mina até estar disponível para iniciar a operação e, com isso, identificamos oportunidades para melhorar e agilizar todo esse processo.”

Tudo isso com o objetivo de alcançar uma melhor condição para os operadores e, consequentemente, um maior aproveitamento dos veículos disponíveis, conforme explica Oliveira. “Antes operávamos perto de 87% do tempo disponível da frota. Hoje alcançamos cerca de 90%, após o mapeamento dos processos e das melhorias implantadas”.

“Conseguimos fazer com que os caminhões ficassem menos tempo ociosos, a partir de diversas iniciativas que incluem até mesmo uma melhora no tempo de manobra dos equipamentos”, ressalta o instrutor de equipamentos de mina Anderson Cordeiro.

Ele também conta que outra vantagem que vê na Kinross é que “a empresa valoriza os empregados e oferece oportunidades, como aconteceu comigo”. Cordeiro recorda que começou a trabalhar na mineradora, em 2016, como operador e que, com o início das melhorias e a ampliação da frota e de trabalhadores, foi promovido a instrutor.

Hoje aproveita a sua experiência, orientando os operadores a fim de capacitá-los e apoiá-los acerca dos padrões e melhores práticas na operação dos caminhões e equipamentos.

Para o operador de equipamentos móveis Leonardo Araújo, é muito satisfatório saber que, todo o esforço e as mudanças na rotina de trabalho trouxeram bons resultados. “Temos muito orgulho do que fizemos aqui. Poucas empresas alcançam um resultado tão positivo, tanto na movimentação quanto na gestão da frota”.

Leonardo trabalha há cerca de quatro anos conduzindo caminhões fora de estrada na Kinross, e diz que a segurança e o conforto melhoraram ainda mais com a instalação de equipamentos mais modernos e com o revezamento mais ágil entre os operadores. “Quem vê de fora, pode pensar que muitas horas de trabalho operando máquinas enormes seja algo desgastante. Mas a condição que a empresa oferece, ainda mais agora, depois das melhorias, ajuda muito para que o nosso dia a dia seja confortável, ordenado e seguro”.

Caterpillar 793

A linha 793 da Caterpillar é produzida desde 1991 e é o principal integrante da gama de veículos de mineração de superfície da Cat. O 793 da fabricante dos Estados Unidos foi fundamental na consolidação da marca como principal fornecedor de equipamentos de mineração de superfície.

As maiores frotas de 793 operam na Austrália, América do Norte e América do Sul, na extração de minério de ferro, cobre, carvão, ouro e outros minerais. O 793 possui forte reputação pela durabilidade. Um dos modelos de maior quilometragem foi fabricado em 1992 e já acumulou 173.000 horas de operação (o equivalente há 20 anos) em uma mina dos Estados Unidos.

A última geração, o 793F, é o caminhão ideal para operação autônoma. Hoje, centenas de caminhões 793F operam através do Command para transpote, o sistema operacional Cat para caminhão autônomo, que integra o Cat MineStar.

A maioria dos caminhões autônomos opera na extração de minério de ferro na Austrália Ocidental, mas as frotas de caminhões autônomos Cat também estão crescendo nas Américas do Sul e do Norte. O modelo F, por exemplo, possui carga útil nominal de 231 toneladas, peso nominal bruto de 386007 kg e potência bruta de 1976 kW.

Bruno Castilho

bruno@cargasetransportes.com.br

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