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Mercado de caminhões em alta

Volvo FH 540 foi o caminhão mais vendido no Brasil em 2021

Segmento cresceu de 42,8% em 2021 em comparação ao ano anterior. Foram comercializadas 127.357 mil unidades. Volkswagen liderou entre as montadoras. Volvo FH 540 foi o caminhão mais vendido

De acordo com dados da Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores, mesmo com todas as dificuldades, como a falta de componentes e até as paralisações nas linhas de produção que ocorreram ao longo de 2021, o mercado brasileiro de caminhões cresceu 43% em comparação a 2020.

No acumulado do ano, foram vendidas 127.357 mil unidades, com aumento de 42,8% em relação a 2020 (89.173 unidades) e também acima do volume registrado em 2019, antes da pandemia 2019, de 101.735 unidades.

O segmento que puxou o crescimento do mercado de caminhões no Brasil foi o de pesados, com 64.753 unidades, que representou 50,9% do volume total comercializado. O mercado de semipesados vendeu 33.517 unidades e representou 26,3%, seguido pelo de leves, com 12.091 unidades (9,5%) e de médios, com 11.157 unidades (8.8%) e pelos semileves, com 5.758 unidades (4,5%).

Entre as marcas, a liderança do mercado brasileiro ficou com a Volkswagen Caminhões e Ônibus que registrou a comercialização de 37.460 unidades e participação de 29,4%. Em segundo lugar, a Mercedes-Benz com 37.158 unidades e 29,2%. Foram apenas 302 unidades que fizeram com que a montadora com sede em Resende, no Rio de Janeiro, assumisse o primeiro lugar e desbancasse a Mercedes, que liderou nos últimos anos.

A Volvo ficou em terceiro, com 21.820 unidades e 17,1% de participação, seguida pela Scania, com 15.595 unidades (12,2%) e Iveco, com 8.623 unidades e 6,8% de participação. A DAF, com 5.600 unidades e 4,4%, ficou em sexto lugar.

Em 2020, a Mercedes-Benz fechou com ampla liderança, com 30.081 unidades e 33,7% de participação. A Volkswagen, com 25.594 unidades vendidas, tinha 28,7%. A marca que mais cresceu foi a Scania, com 79,1%, e pulou de 8.704 caminhões vendidos no ano passado para 15.595 caminhões em 2021.

Entre os modelos o Volvo FH 540 ficou em primeiro, com 8.935 unidades, seguido pelo Scania R 450, com 6.772 unidades, pelo Volkswagen Delivery 11.180, com 6.065 emplacamentos e pelo DAF XF, com 5.391 unidades.

Segundo o presidente da Fenabrave, José Maurício Andreta Júnior, apesar dos números positivos de 2021, este novo ano será desafiador para a indústria. Ele prevê alta de 5,2% para o setor este ano. “O segmento deverá enfrentará problemas com a falta de componentes e os desafios econômicos, seguidos pelas eleições”, diz.

Ainda segundo Andreta, estudos da entidade apontam crescimento para todos os segmentos automotivos em 2022. Mas, é claro que situações conjunturais podem afetar essas estimativas, considerando que a indústria ainda sofre com a falta de insumos. “Além disso, estamos diante de uma economia ainda turbulenta. E iniciando um ano em que teremos eleições, que costumam criar um cenário de incertezas”, afirmou. “O volume de transações estabilizou em um patamar alto. Além disso, há muitas unidades já comercializadas, no ano passado, que ainda devem ser entregues nos próximos meses”, explica o presidente da Fenabrave.

Volkswagen

“A liderança brasileira em vendas de caminhões é fruto de uma estratégia acertada, que começa na criação de produtos sob medida pelo nosso Centro de Pesquisa e Desenvolvimento, passa pela entrega dos volumes necessários pela fábrica de Resende e culmina na excelência de um time de vendas que conta com quase 150 concessionários espalhados pelo país. Tudo isso, sempre preservando a segurança e a saúde dos colaboradores em seus ambientes de trabalho”, diz Roberto Cortes, presidente e CEO da Volkswagen Caminhões e Ônibus.

A empresa fechou o ano de 2021 com cinco mil trabalhadores atuando em sua fábrica, juntamente com seus parceiros no Consórcio Modular. Desse total, mil profissionais foram contratados desde o início da pandemia, num crescimento de mais de 25% em seus quadros. O atual plano de investimentos de R$ 2 bilhões, cobrindo o período de 2021 a 2025, inclui os preparativos para atendimento à próxima norma de emissões a entrar em vigor no Brasil, o Proconve P-8.

Volvo FH 540

Em 2021, o Volvo FH 540 repetiu mais um importante marco em sua já vitoriosa trajetória no mercado brasileiro: foi novamente o caminhão mais vendido entre todas as categorias comercializadas no país. O modelo ficou mais uma vez à frente de todos os demais, com o emplacamento de 8.935 unidades de janeiro a dezembro do ano passado, de acordo com estatísticas divulgadas hoje pela Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores), entidade que reúne as concessionárias de todas as marcas no país.

Com este resultado, chega a nove o número de vezes em que o FH lidera o levantamento entre os caminhões pesados, nos últimos 13 anos. “Mais do que isso, de 2019 para cá o FH 540 lidera o ranking geral de caminhões no país, à frente até mesmo de modelos leves. É um feito inigualável no Brasil”, comemora Alcides Cavalcanti, diretor executivo de caminhões da Volvo.

“O FH se transformou em um objeto de desejo do transportador brasileiro. Com o preço do diesel elevado e um cenário competitivo de fretes, os atributos do caminhão se destacam: baixo consumo de combustível, menor custo de manutenção, grande robustez e disponibilidade, além do alto grau de tecnologia embarcada e conectividade. O modelo é definitivamente a melhor escolha em transporte comercial”, declara Cavalcanti.

O executivo lembra também que a Volvo se preparou no início do ano passado com a contratação de 400 novos funcionários para aumentar a produção, o que garantiu a alta participação do Volvo FH no mercado.

Desde outubro, os Volvo FH entregues já são da nova geração, lançada no Brasil pouco tempo depois de apresentada na Europa. Eles trazem de série um inédito pacote de dispositivos de segurança, novo painel com avançada plataforma digital e avanços na aerodinâmica e na conectividade, que garantem um consumo de combustível até 5% menor do que a geração anterior.

“A engenharia da Volvo está continuamente atualizando as tecnologias e aprimorando soluções no FH para proporcionar cada vez mais produtividade e segurança na operação de transporte”, destaca Cavalcanti.

Bruno Castilho

bruno@cargasetransportes.com.br

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