11 de outubro de 2024

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Acordo de Facilitação do Comércio abre oportunidades para empresas internacionais no Chile. A tendência é melhorar cada vez mais a economia e o setor de transporte rodoviário de cargas do Brasil

O Brasil possui uma forte influência no comércio e distribuição de produtos ao redor da

América Latina e esse tipo de serviço, principalmente no Chile, vem crescendo gradativamente. De acordo com dados de 2021 da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério da Economia, as vendas brasileiras para o país vizinho registraram um aumento de expressivos 81,8%, comparado ao mesmo período em 2020 e somaram US$ 6,99 bilhões.

Em 2018, para favorecer ainda mais essa parceria entre os dois países, o Governo Federal firmou o novo acordo de livre comércio Brasil-Chile, que entrou em vigência no final de janeiro deste ano, após ser aprovado pelo Congresso Nacional em setembro de 2021. O acordo é o mais moderno já assinado pelo país com outros da região, abrangendo temas como serviços, investimentos, compras governamentais, indicações geográficas, barreiras sanitárias, fitossanitárias, simplificação aduaneira e muito mais, facilitando trâmites aduaneiros das empresas e agilizando os processos de exportação e importação entre os países.

Para Danilo Guedes, presidente da ABC Cargas, transportadora que possui em uma de suas especialidades o transporte internacional e realiza exportações para o Chile, agora que o acordo está em vigor, o fluxo do comércio internacional tanto de bens, quanto de serviços será impulsionado. “Além disso, o acordo traz diversos benefícios para as empresas que prestam esse tipo de serviço, como documentação simplificada, menos barreiras técnicas e sanitárias, já que o documento prevê a criação de regras que autorizam o uso de documentos digitais e muitos outros”.

Apesar de o acordo estar em destaque atualmente, o registro acordado entre os países surgiu em 1996 com a eliminação das tarifas de importação. Porém, esse mercado vem crescendo gradativamente e o Chile se tornou o quinto maior destino de produtos brasileiros no ano passado, só perdendo para China, União Europeia, Estados Unidos e Argentina. Essas mercadorias têm diferentes variações, que vão de petróleo a automóveis, de carne bovina a máquinas pescadas.

O novo acordo, com termos modernizados, vem para impactar positivamente o transporte rodoviário de cargas entre os países, principalmente em um momento de falta de containers para o uso marítimo e, segundo Danilo, essa medida trará novas oportunidades de negócios para a indústria brasileira, que facilitará a competitividade e igualará as empresas do país com os concorrentes chilenos.

“O transporte rodoviário de cargas sofre muito com a burocratização e lentidão nas fronteiras e essa facilitação é algo que toda a cadeia logística, exportadores, importadores e operadores logísticos esperavam para avançarem com negociações de maiores serviços no país”, adiciona o empresário.

Em 2021, a ABC Cargas teve um crescimento de 65% em relação ao ano de 2020 na realização de operações no mercado internacional. Para esse ano, a empresa com sede em São Bernardo do Campo, tem planos de ampliar a estrutura no Chile.

“Assumimos novos contratos e novos volumes de negócios, que serão maiores no segundo semestre do ano. Com esse novo acordo, entendemos que teremos muito mais agilidade no nosso transporte e isso será benéfico para o sucesso das operações”, finaliza Guedes.

Bruno Castilho

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